Web Rádio Confiança

Está disponível direto em nosso blogger o xat.com, para voc~e conversar com os amigos

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Juiz Peru Quer Levar
Lampião Pra Confraria.
Autor: Paulo de Tarso, o poeta de Tauá.
Obs. Esse mote me foi sugerido pelo poeta Klévisson Viana, vem cordel por ai com o tema.

Chamar Lampião de gay
Acho piração total
Essa fera mundial
Que saiu fora da lei.
Em nenhum livro encontrei
Essa louca fantasia
Essa mentira não cria
Duas asas pra voar
Juiz Peru Quer levar
Lampião pra confraria.

Esse juiz endoidou,
Acho até que enlouqueceu
O capitão já morreu
E vestígio não deixou
Sua companheira amou
A mais bonita Maria
Pois em toda freguesia
Não se ouviu nisso falar
Juiz Peru Quer Levar
Lampião Pra Confraria

Não sei com que intenção
Ele inventou esse fato
Se provar eu me retrato
Dizendo pro meu sertão
Que o nosso capitão
Essa tal coisa fazia.
Isso é bastante orgia
De quem pensa em difamar
Juiz Peru que levar
Lampião pra confraria.


Se o capitão fosse vivo
Isso dava um grande nó
Do pescoço ao mocotó
Era belo o corretivo
O comentário abusivo
O seu Peru não fazia
E também não ousaria
Essa história publicar
Juiz Peru quer levar
Lampião pra confraria.


Nada contra o movimento
O respeito até demais
Mas essa história voraz
Não tem nenhum fundamento
Lampião com seu talento
Amava muita a Maria
E sendo assim não iria
Sua casaca virar
Juiz Peru quer levar
Lampião Pra Confraria.



sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Um Falsário Astucioso - Dilson Pinheiro e Paulo de Tarso, o poeta de Tauá.

UM FALSÁRIO ASTUCIOSO.
DILSON PINHEIRO E PAULO DE TARSO, O POETA DE TAUA.


De um falsário astucioso
É difícil se livrar
Quando começa a falar
Muito bem malicioso
Com fala mansa e jeitoso
Vende vermelho pra luto
Engana sábio ou matuto,
Industrial ou plebeu,
Engana a quem já morreu
Tem sucesso absoluto.

Poeta Dilson Pinheiro
Conheceu um cabra assim
Bem mentiroso e ruim,
Ganancioso e ligeiro
E para ganhar dinheiro
Não perdia ocasião
Para fisgar um tostão
Qualquer coisa ele fazia
Pois tentou vender um dia
Pertences de Lampião:

“Da casa de Lampião
Quis vender uns azulejo
E disse que um realejo
Pertencia a Gonzagão
Me apontou um colchão
Que Tiradentes morreu
Trouxe o punhal de Romeu,
Amante de Julieta,
Uns tijolo da mureta
Que Airton Senna bateu”.

Quis me vender também
A arpa que foi de Nero
Eu disse logo: - Eu não quero.
Ele falou: - Tudo bem,
Eu não vou forçar ninguém
Vou lhe dar outra opção
Me apontou um Carrilhão
Da sala da Santa Ceia
E de couro uma correia
Que Jesus tangeu o cão.

Umas foto bem grandona
Quando olhei disse: - É montagem
Uma freira com tatuagem,
Uma japonesa loirona,
O Papa Bento na Zona,
Romeu Tuma achando graça,
Ciro e Serra numa praça,
De mãos dada discursando
E Juraci enjeitando

Uma dose de cachaça…”

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Até o Mar Tem Vontade de Ser Desse Meu Torrão.

ATÉ O MAR TEM VONTADE
DE SER DESSE MEU TORRÃO.
Versos: De Paulo de Tarso, o poeta de Tauá.

Eu nasci no Ceará,
No sertão dos Inhamuns,
Com seus feitos incomuns
Minha cidade é Tauá
Outra mais bela não há
Por esse imenso rincão
Digo sem tapeação
Para mostrar a verdade
Até o mar tem vontade
De ser desse meu torrão.

De passar lá no Trici
Visitar a Confiança,
Daquele chão de bonança
Descer para o Calumbi
E demorar por ali
Fazendo visitação
Vendo cada cidadão
Com toda simplicidade
Até o mar tem vontade
De ser desse meu torrão.

Visitar Santa Tereza
Da minha terra a mais bela
Comprovando assim que ela
Já possui muita grandeza
Essa terrinha beleza
Nos dá sim satisfação
Sendo assim grande opção
Para passar a cidade
Até o mar tem vontade
De ser desse meu torrão.

Relembrar com alegria
De Miguel Gomes de Freitas
Homem de coisas bem feitas
Nas lutas do dia a dia
Domingos Gomes, magia
O médico nosso irmão,
Bom prefeito e cidadão
Amigo sem falsidade
Até o mar tem vontade
De ser desse meu torrão.

Relembro Nelo e Lisboa
Os dois irmãos deputados
Até hoje respeitados.
O Câmara é gente boa,
Domingos, outra pessoa
Que fez iniciação
Patriarca Cidadão
Foi prefeito da cidade
Até o mar tem vontade
De ser desse meu torrão.

Outro cidadão de brilho
Que vai aqui ser lembrado
Foi um grande deputado
Ilustre Domingos Filho
Seguindo sempre no trilho
Nosso vice sensação
Exerceu com retidão
E a mais pura lealdade
Até o mar tem vontade
De ser desse meu torrão.

Distrito Carrapateiras
Terra de grande valor
Povo de muito vigor
Com nascentes corredeiras
Nas sombras das gameleiras
Naquele seco sertão
Temos escrituração
De uma imensa beldade
Até o mar tem vontade
De ser desse meu torrão.

Descer pela Barra Nova
De Bom Jesus a Belém
E comprovar que ali tem
Gente que gosta de trova
Na plantação cavar cova
Tendo também produção
De milho, cana e feijão.
É mesmo um chão de verdade
Até o mar tem vontade
De ser desse meu torrão.

Chegar lá na Vera Cruz
No Distrito de Inhamuns
Encontrando ali alguns
Filhos de bastante luz
Nosso Viana conduz
Grande comunicação
Tem o Carlos, seu irmão
Os dois estão na Cidade
Até o mar tem vontade
De ser desse meu torrão.

Indo até o Marruás
Ver por lá família mota
Seu Joaquim sempre na rota
Um cidadão bem capaz.
E Haroldo Mota, o mais
Entendido cidadão
Quando é legislação
De eleição de verdade
Até o mar tem vontade
De ser desse meu torrão.

Nas Marrecas vou chegar
Demonstrando minha fé
Jesus, Maria e José
Vão sempre me orientar
Vou nos Caracas falar
Boanerges foi cidadão
Exemplo de retidão
Homem de capacidade
Até o mar tem vontade
De ser desse meu torrão.

Nossa sede Distrital
Boa parte está na rua
Com toda beleza sua
Povo de elevado astral
Temos no Junco e Lustal
Uma grande produção
A nossa população
Ausente sente saudade
Até o mar tem vontade
De ser desse meu torrão.

Relembrar ilustres filhos
E muita gente do povo
Nestes meus versos promovo
Nossa gente com seus brilhos
Advogado nos trilhos:
Carlos Gomes, Sensação,
Compositor do Sertão.
Doutor Alberto, saudade
Até o mar tem vontade
De ser desse meu torrão.

Doutor Júlio, tem destaques
Joel e Vicente Fialho
Políticos com trabalho.
No futebol muitos craques
Nas defesas e ataques,
Porém cito um campeão
Luiz Geraldo, cracão
Com muita velocidade
Até o mar tem vontade
De ser desse meu torrão.

O nosso Alceu, grande nome
Na memória ficará
Comerciante em Tauá
E da lembrança não some.
Um outro aqui de renome
Filólogo, em toda nação
E Fausto Barreto, então
Era da minha Cidade
Até o mar tem vontade
De ser desse meu torrão.

O nosso Joaquim Pimenta
Um jurista de valor.
Aurélio, bom professor,
A nossa saudade aumenta,
Poesia quase benta
Daquele dileto irmão
Que deixou nosso sertão
Com uma imensa orfandade
Até o mar tem vontade
De ser desse meu torrão.

Clotilde bem promissora
Francisca vinha primeiro
Traçou bonito roteiro
Excelente professora
Uma mulher sofredora
Que escreveu com razão
Falando em separação
O seu livro é raridade
Até o mar tem vontade
De ser desse meu torrão.

Nossa “Maria Garupa”,
O “Colorau” e “Tenente”,
“Bitonha” muito valente,
Tinha “Arara” dando upa
“Cherrane” com sua lupa
E bicicleta na mão
Andava na região
Cheio de felicidade
Até o mar tem vontade
De ser desse meu torrão.

Nas famílias também falo
Gonçalves, Marques Feitosa,
Loiola, Sena, Pedrosa,
Gomes de Freitas, no embalo
Barretos, Limas, escalo
Scarcelas e Leitão,
Cavalcante povo irmão,
Os Carvalhos com beldade
Até o mar tem vontade
De ser desse meu torrão.

Alexandrino, Castelo,
Almeida, Pires, do Ó,
Os Silva, Sousa e Citó,
Marcelino, Castro, Melo,
Fortuna, Matias, elo,
Nascimento, sensação,
Setúbal no meu sertão,
Moreira, Sales, verdade
Até o Mar tem vontade
De ser desse Meu Torrão.

É Tauá terra querida
De Antônio Vieira Gomes
Faltaram sim, vários nomes.
Na estrofe de despedida
Peço a meu Deus pela vida
De todo bom cidadão,
Para o tauaense irmão
Digo com sinceridade
Até o mar tem vontade

De ser desse meu torrão.

sábado, 30 de agosto de 2014

SERROTE QUINAMUIÚ, UM COLOSSAL DE TAUA.

SERROTE QUINAMUIÚ
BONITO CARTÃO POSTAL
BELEZA DA MINHA TERRA
FEITO VOCÊ SEM IGUAL
PATRIMÔNIO DE TAUÁ
VERDADEIRO COLOSSAL.

É O GRANDE GUARDIÃO
DA MINHA TERRA QUERIDA
NOSSA GRANDE FORTALEZA
FAZ PARTE DA MINHA VIDA
ORGULHO DOS INHAMUNS
ÉS NOSSO AMPARO E GUARIDA.

E BEM NO ALTO ENCONTRAMOS
UM TESOURO VERDADEIRO
POIS ALI FOI COLOCADO
UM OSTENTOSO CRUZEIRO
LEMBRANDO O CRISTIANISMO
NESSE CHÃO DO BOIADEIRO.

QUEM PASSA NA MINHA TERRA
BEM LIGEIRO AVISTARÁ
SERROTE QUINAMUIÚ
NA CIDADE DE TAUÁ
BELEZA ASSIM DESSE JEITO
EM OUTRO CANTO NÃO HÁ.

QUEM NASCEU NESSA TERRINHA
CONHECE BEM SUA GLÓRIA,
SABE DE TODA VALIA
PARTE VIVA DA MEMÓRIA
PATRIMÔNIO VERDADEIRO
E DE TAUÁ GRANDE HISTÓRIA.

EIS AÍ MINHA HOMENAGEM
A ESSA IMENSA BELEZA
MARAVILHA DO SERTÃO
MAGNÍFICA GRANDEZA
A EXISTÊNCIA DE DEUS
EM FORMA DE NATUREZA.

sábado, 23 de agosto de 2014

Projeto Cordel na Minha Escola Itaiçaba Ceará

Participação no Projeto Cordel na Minha Escola Itaiçaba Ceará


APRENDI A CANTAR A NATUREZA, PESQUISANDO A HISTÓRIA DO SERTÃO

APRENDI A CANTAR A NATUREZA
PESQUISANDO A HISTÓRIA DO SERTÃO.
AUTORES: VALDIR TELES E RAIMUNDO CAETANO.

APRENDI A CANTAR VENDO UM CHIQUEIRO
ENTUPIDO DE BODE E DE MARRAN,
UM VAQUERIRO ORDENHANDO DE MANHÃ,
UM SUINO FUÇANDO NO TERREIRO,
VINTE OU TRINTA GALINHAS NO POLEIRO,
UM BICHANDO DORMINDO NUM FOGÃO,
UM JUMENTO ESPOJANDO NO OITÃO
E UM CACHORRO DEBAIXO DE UMA MESA
APRENDI A CANTAR A NATUREZA
PESQUISANDO A HISTÓRIA DO SERTÃO.

NO SERTÃO A FARTURA AS VEZES DOBRA
QUANDO A MÁQUINA DA CHUVA FUNCIONA,
MILHO VERDE, JERIMUM, FEIJÃO, MAMONA,
TODA CASA DO SÍTIO TEM DE SOBRA.
QUANDO O TEJO É MORDIDO PELA COBRA,
METE O DENTE NO TRONCO DE UM PEÃO,
RECEBE O LEITE QUE SERVE DE INJEÇÃO
CONTRA O LÍQUIDO QUE A COBRA TEM NA PRESA
APRENDI A CANTAR A NATUREZA
PESQUISANDO A HISTÓRIA DO SERTÃO.

APRENDI VENDO AS SERRAS CACHIMBANDO
E OS ANÕES CAMINHANDO ATRÁS DO GADO,
BARRO E LAMA NAS LÂMINAS DO ARADO
E UMA VACA LEITEIRA RUMINANDO,
A BONECA DE MILHO ENCABELANDO
UNS TRÊS PALMOS ABAIXO DO PENDÃO
URUBUS NAS ESTACAS DE PLANTÃO
PRA FAZER A MERENDA E A LIMPEZA
APRENDI A CANTAR A NATUREZA
PESQUISANDO A HISTÓRIA DO SERTÃO.

EM LAGOA, RIACHO, RIO E POÇO
A TRAIRA CONSTRÓI SUA MORADA
SE A QUINTURA DO SOL NÃO LHE AGRADA
O PURÃO DO AÇUDE É UM COLOSSO
É O PEBA UM TRATOR DE CARNE E OSSO
FAZ LAVANCA DA UNHA E CAVA O CHÃO
PRA FAZER SUA PRÓPRIA CONSTRUÇÃO
SEM GASTAR UM CENTAVO DE DESPESA
APRENDI A CANTAR A NATUREZA
PESQUISANDO A HISTÓRIA DO SERTÃO.

APRENDI COM A LUTA DA SAUVA,
OS CAROÇOS DO CORPO DE UMA PINHA,
A QUIXABA MADURA, BEM PRETINHA
PARECENDO A VESTE DE UMA VIUVA
A FARTURA TRAZIDA PELA CHUVA
QUE PASSOU ACABANDO A SEQUIDÃO
DANDO UM BASTA NAS CRISES DO VERÃO,
DESMONTANDO O CENÁRIO DE TRISTEZA
APRENDI A CANTAR A NATUREZA
PESQUISANDO A HISTÓRIA DO SERTÃO.

LÁ TEM COISA QUE A GENTE SÓ PERCEBE
CONTEMPLANDO A SUPREMA ENGENHARIA
NINGUÉM VER UMA BURRA DANDO CRIA
NEM GALINHA URINAR DEPOIS QUE BEBE
A DSCARGA DA LUZ QUE O CÉU RECEBE
QUANDO DEUS LIGA A MÁQUINA DO TROVÃO
UMA PROVA QUE O PAI DA CRIAÇÃO
NUNCA FOI SUPERADO NA GRANDEZA
APRENDI A CANTAR A NATUREZA
PESQUISANDO A HISTÓRIA DO SERTÃO.

APRENDI RECEBENDO A BRISA MORTA
COM ESSÊNCIAS DE FLORES DE JUREMA
LÁ TAMBÉM APRENDI QUE A SIRIEMA
DESAFINA NA VOZ, MAS NÃO SE IMPORTA
AS SEMENTES BROTANDO NUMA HORTA
O BICUDO ESTRAGANDO O ALGODÃO
A RAPOSA DE OLHO NO CAPÃO
E O TETÉU PASTORANDO UMA REPRESA
APRENDI A CANTAR A NATUREZA
PESQUISANDO A HISTÓRIA DO SERTÃO.

SEM TER NÍVEL, COLHER, PRUMO E ESCADA
JOÃO DE BARRO TORNOU-SE UM ARQUITETO
APRENDEU COM JESUS FAZER PROJETO
PRA DEPOIS CONSTRUIR SUA MORADA.
NA BELEZA DA PENA DESENHADA
OUTRA AVE NÃO GANHA DO PAVÃO
FOI PINTADA COM TANTA PERFEIÇÃO
PRA NÃO SER SUPERADO NA BELEZA
APRENDI A CANTAR A NATUREZA
PESQUISANDO A HISTÓRIA DO SERTÃO.

  
APRENDI CAM AS VAGES E ESPIGAS
QUE NOS ANOS DE SAFRA SÃO VINGADAS
O TAPETE DE FOLHAS PINICADAS
NA TESOURA AMOLADA DAS FORMIGAS
COMO O FOGO INVISÍVEL DAS URTIGAS
QUE NA PELE PROVA IRRITAÇÃO
A GARAPA QUE PEGA O GAVIÃO
QUANDO ENCONTRA A NINHADA SEM DEFESA
APRENDI A CANTAR A NATUREZA

PESQUISANDO A HISTÓRIA DO SERTÃO.